1
Não podemos retirar da Crosta Terrestre recursos Não Renováveis (carvão, petróleo, etc) a um ritmo acelerado, porque têm uma lenta reposição, quando existe, e esgotam-se, além disso depois de extraídos e utilizados, acumulam-se na Crosta Terrestre, mas em forma de Poluição, aquela que leva ao Aquecimento Global, por exemplo.

2
As substâncias produzidas pela Sociedade deveriam ter a possibilidade de reintegração total na Natureza (Economia Circular, com Materiais Reutilizáveis e Biodegradáveis). O consumismo desenfreado, de muitos produtos, ainda por cima, com materiais que não são biodegradáveis, representam LIXO, e pela primeira lei da termodinâmica, tudo é energia e a energia é transformada e nunca desaparece.

3
A Produtividade e Diversidade da Natureza, não podem ser deterioradas a um ritmo superior ao tempo que ela necessita para Produzir, Recrear, Renovar. Falamos de: Esbanjamento de Água Potável e poluição na existente; Desflorestação que também leva à perda da Biodiversidade, com o fim dos Habitat; Erosão do Solo com monoculturas e agricultura intensiva; Esgotamento de Fontes de Alimento, como com a pesca excessiva, que não dá tempo à reprodução; e muito mais.
Precisamos das Florestas e dos Oceanos para a renovação do ar e para termos oxigénio;
Precisamos da Água para nos hidratarmos. O nosso corpo é em quase 80% água;
Precisamos do Solo Saudável, para nos continuarmos a alimentar, para os vegetais e frutos sazonais ganharem vida e serem alimento saudável, para a água se infiltrar e continuar o seu caminho e tarefa até aos rios, para haver biodiversidade.
Precisamos do peixe no mar.
Tudo o que se reproduz tem o seu tempo de reprodução, e se reproduzido em condições saudáveis, tudo faz mais sentido para todos, porque Somos Todos Bichos!

4
Deve de haver uma utilização Justa e Eficiente dos Recursos, um respeito pelas Necessidades Humanas – “consumir só o que necessitamos”.

A diferença entre o NEED e o GREED, faz toda a diferença.
O NEED permitir-nos-á viver num mundo mais saudável (em conjunto com práticas sustentáveis). Ao termos apenas aquilo de que necessitamos, água, comida, uma casa simpática para viver, roupa qb, um carro normal, assim como dinheiro para umas férias e talvez para os colégios dos miúdos, que é um esforço extra mas bom para o futuro… até aqui tudo é normal, mas quando as necessidades se começam a tornar irreais, perante o que realmente precisamos, aí é que as coisas se começam a complicar, porque o que precisamos começa a passar para a fase perigosa, que é a da GANÂNCIA e a Terra é chacinada exatamente por toda esta ganância, a ganância do TER, do EXIBIR.

GREED – os nossos amigos já tiveram duas vezes nas Maldivas. Um deles saiu do bairro onde morava e comprou uma casa em Cascais, com um bom jardim. Restaurantes vão aos de topo e até os convenceram a comprar Teslas novos…. Muitas pessoas ficam com vontade de fazer o mesmo, porque são sinais para os que nos rodeiam, que a vida nos corre bem, que temos sucesso, que somos válidos. Se chegarmos a uma festa num grande Mercedes, passamos aos outros uma mensagem de achievment, e o mesmo não acontece se chegarmos num carro velho. O problema é que quanto mais dinheiro fazemos, mais queremos mostrar, até que entramos num ciclo que deixa de ser racional, porque a partir daí, se não mostrarmos mais carros e não relatarmos as viagens exóticas, que vamos postando no Instagram e se não convidarmos os amigos para a nossa casa na Comporta, com almoçaradas, etc, é porque algo está mal. Se o nosso dinheiro não estiver a aumentar e não formos claros a mostrá-lo, estamos a ficar para trás. O problema nesta fase é que começamos a mostrar ao mundo que somos muito bem-sucedidos e ficamos escravos dessa dinâmica. Se no início até pode parecer positivo, porque nos faz lutar mais, arriscar, etc, há uma altura, a tal em que nos deixamos prender na dinâmica de comprar mais para mostrar mais, ostentar, quando deveríamos querer SER mais, e não de TER mais. E começamos a acumular carros, casas, viagens, obras de arte, ou o que quer que seja que escolhemos, para exibir o nosso sucesso. No entanto, à medida que vamos acumulando “coisas”, temos também de tomar conta delas, o que é uma nova fonte de stress e ansiedade, pois obriga-nos a lidar com bens, dos quais, na realidade, não precisamos. E um problema ainda maior, de que maneira as adquirimos, se foi negligenciando o bem dos outros, se foi legalmente, como foi… Se nos conseguíssemos livrar de grande parte deles, provavelmente dormiríamos melhor à noite e libertaríamos capital para fazer coisas com muito mais valor.  Ainda mais preocupante de querer mostrar aos outros o sucesso que temos, é tentar mostrar que temos, quando na realidade não temos. Há pessoas que não se honram em fazer pagamentos, mas não deixam de investir em férias o estrangeiro, com o descaramento de as exibir nas suas redes sociais.

Se não houvesse este GREED e se todos ficassem pelo NEED e FEED, trabalharem para deixar um legado positivo e fazerem a diferença no seu dia a dia, com escolhas que respeitem o nosso lugar no planeta e a interconexão entre todos nós, plantas e animais, tudo seria perfeito. Dizem que a evolução e avanço se dão quando há fricção entre dois polos… mas considero que toda a fricção pode ser positiva, com materiais e atitudes corretas.